STATE OF EXCEPTION AND JUDICIARY
A JURISPRUDENTIAL ANALYSIS OF THE SELECTIVITY OF CRIMINAL LAW
Abstract
This article, through bibliographic review and jurisprudential analysis, discusses the reasons that identify the state of exception as a government paradigm and the judiciary acting as legitimizing this state, specifically in the context of criminal law. First, we will launch a look about biopolitics notions and the state of exception, showing how they apply to contemporary democratic societies. It will then be evident that the judiciary, rather than act as a counterpoint to the state of exception, in fact legitimizes, to also act selectively as the recipient of their decisions, which will become clear in the analysis of arguments used by the Supreme Court in the recent standardization of understanding of the consummation of the crime of theft, as opposed to extinction theory of punishment applied in general in tax crimes.
Downloads
References
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução: Henrique Burigo. 2. ed. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014.
BENTHAM, Jeremy. Panóptico: memorial sobre um novo princípio para construir casas de inspeção e, principalmente, prisões. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 7, n. 14, p. 199-229, 1987.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (1. turma). Habeas-corpus nº 108.678, Rio Grande do Sul. Habeas corpus. Direito penal. Furto consumado. Reconhecimento em sede de resp. inexistência de ilegalidade. Princípio da individualização da pena. Ausência de violação. Ordem denegada. Recorrente: Cesar Henrique Rodrigues dos Santos. Recorrido: Defensoria Pública da União. Relator: Min. Rosa Maria Pires Weber. São Paulo: STF, 2012b. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1979470. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (1. turma). Habeas-corpus nº 114.329, Rio Grande do Sul. Habeas corpus originário contra acórdão unânime do Superior Tribunal de Justiça. Furto a residência mediante escalada. Momento de consumação do delito de furto. Recorrente: Michael Thomaz Silva. Recorrido: Defensoria Pública da União. Relator: Min. Luís Roberto Barroso. Brasília, DF: STF, 2013. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=4689926. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (1. turma). Habeas-corpus nº 69753-4, São Paulo. Roubo: consumação. Recorrente: Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Recorrido: Daniel Ferreira Dias. Relator: Min. José Paulo Sepúlveda Pertence. Brasília, DF: STF, 1992. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=71962. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal (1. turma). Habeas-corpus nº 98.162, São Paulo. Habeas corpus. Roubo consumado x furto tentado. Sentença penal condenatória. Pedido de desclassificação para a modalidade tentada. Ausência de plausibilidade jurídica. Precedentes. Habeas corpus denegado. Recorrente: André Luiz dos Santos. Recorrido: Tânia Cristina Oliveira dos Santos. Relator: Min. Cármen Lúcia Antunes Rocha. Brasília, DF: STF, 2012a. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2786001. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003. Altera a legislação tributária, dispõe sobre parcelamento de débitos junto à Secretaria da Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.684.htm. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Levantamento nacional de informações penitenciárias: INFOPEN - junho de 2017. Organização de Marcos Vinícius Moura. Brasília, DF: Ministério da Justiça e Segurança Pública; Departamento Penitenciário Nacional, 2017.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso especial nº 1.499.050 - RJ. Recurso especial. processamento sob o rito do art. 543-C do Código de Processo Civil. Recurso representativo da controvérsia. Roubo. Momento consumativo. Posse mansa e pacífica da Res Furtiva. Desnecessidade. Recurso provido. Recorrente: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Recorrido: Carlos Eduardo de Oliveira Ferreira Ramos. Relator: Min. Rogerio Schietti Cruz. Brasília: STF, 2015a. Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1452518&num_registro=201403195160&data=20151109&formato=PDF. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso especial nº 1.524.450 - RJ. Recurso especial representativo da controvérsia. Rito previsto no art. 543-C do CPC. Direito penal. Furto. Momento da consumação. Leading case. Recurso extraordinário n. 102.490/SP. Adoção da teoria da apprehensio (ou amotio). Prescindibilidade da posse mansa e pacífica. Precedentes do STJ e do STF. Recurso especial provido. Recorrente: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Recorrido: Makley da Silva Gonçalves. Relator: Min. Nefi Cordeiro. Brasília, DF: STF, 2015b. Disponível em: https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1452519&num_registro=201500731057&data=20151029&formato=PDF. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso extraordinário criminal nº 102.490-9. Roubo. Momento de sua consumação. Recorrente: Ministério Público Estadual. Recorrido: Luiz Antonio Donizete Moreira. Relator: Min. José Carlos Moreira Alves. Brasília, DF: STF, 1987. Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=194789. Acesso em: 19 mar. 2019.
COLETIVO DAR. Justiça ignora evidências para inocentar PMs matadores. [S. l.], 2016. Disponível em: http://coletivodar.org/2016/02/justica-ignora-evidencias-para-inocentar-pms-matadores/. Acesso em: 07 mar. 2016.
DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Michel Foucaut, uma trajetória filosófica: para além do pluralismo e da hermenêutica. Tradução: Vera Portocarrero, Gilda Gomes Carneiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.
DWORKIN, Ronald. O império do direito. Tradução: Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. Tradução: Nelson Boeira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Tradução: Raquel Ramalhete. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
KARAM, Maria Lúcia. De crimes, penas e fantasias. 2. ed. Niterói: Luam, 1993.
MAUS, Ingeborg. O judiciário como superego da sociedade: o papel da atividade jurisprudencial na ‘sociedade órfã’. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 58, p. 183-202, 2000.
NASCIMENTO, Daniel Arruda. Do fim da experiência ao fim do jurídico: percurso de Giorgio Agamben. 2010. 185 p. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/280810/1/Nascimento_DanielArruda_D.pdf. Acesso em: 02 set. 2019.
NUNES, Dierle José Coelho. Processo jurisdicional democrático: uma análise crítica das reformas processuais. Curitiba: Juruá, 2011.
SCHIER, Paulo Ricardo. Filtragem constitucional: construindo uma nova dogmática jurídica. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1999.
STRECK, Lênio Luiz. Jurisdição constitucional e decisão jurídica. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica, neoconstitucionalismo e “o problema da discricionariedade dos juízes”. Revista Eletrônica do Curso de Direito da Opet. Curitiba, n. 1, p. 1-31, 2009. Disponível em: http://www.anima-opet.com.br/pdf/anima1/artigo_Lenio_Luiz_Streck_hermeneutica.pdf. Acesso em: 02 set. 2019.
THOMPSON, Augusto. Quem são os criminosos: o crime e o criminoso entes políticos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998.
WACQUANT, Loïc. As prisões da miséria. Tradução: Andre Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. O inimigo no direito penal. Tradução: Sergio Lamarão. Rio de Janeiro: Revan, 2014.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Authors retain the copyright and grant the journal right of first publication, with the work is simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License, which allows sharing the work with recognition of its authorship and initial publication in this journal.
Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
The author declares to be responsible for the originality, uniqueness and currency of the article content, by means of complete references to all consulted sources.
Each author grants to the LexCult Journal permission to evaluate, normalize, edit and publish the submitted article, in an unprecedented way.
Plagiarism cases and self plagiarism will not be accepted under no circumstances. The plagiarist will be prohibited to publish in LexCult Journal for 5 years.
The copy, in full or to some extent, of an article published in LexCult Journal will be allowed as long as the source (author and Journal) is informed, being forbidden the commercial use and the production and distribution of derivative works. In case the exclusivity clause is broken, the submission will be filed and the author will be prohibited to publish in LexCult Journal for 5 years, without bringing any civil actions provided by national law.
The author is aware that:
a) Submissions may be rejected if the journal's Editorial Board, responsible for evaluation and article selection, does not consider it pertinent for publication, whatever may be the well-justified reasons;
b) Editors reserve the right to modify the submitted manuscript - without any content alteration - in view of its normalization and adaptation to the publication norms.